segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Entrevista que a caçadora de livros fez comigo



                                    



1 - Quem é Adriana Aguiar?

Resp.: A pessoa que mais convivo durante o meu dia; aprendi a ser minha parceira; a me acostumar com minhas manias (são muitas); a tentar conviver pacificamente com esta montanha russa ambulante que vive dentro de mim. Na maioria das vezes, ser a Adriana tem sido uma tarefa bacana, eu me curto, sabe; gosto das coisas que aprendi a descobrir em mim que até então eram desconhecidas, com o tempo, aprendi a ouvir mais, a observar melhor o mundo e as pessoas a minha volta, mas ainda trago aquela menina de tranças escondida, tomando sorvete e buscando um colinho. Aprendi muito com meus filhos; eles foram a minha escola; demorei em ser mãe; eles já tinham nascido e tempos depois me deram conta disso, hoje eles são a minha referência. 
A Adriana é bem isso, das muitas coisas que escrevo, sempre deixo alguns pedaçinhos meus expostos; questionadora, sentimentalista, choro vendo propaganda de creme dental. Quando amo, amo, quando não aprecio, simplesmente, o que desaprecio se torna inexistente a mim. Gosto de pessoas; gosto de tocá-las, de senti-las, saber como vivem, como sentem, o que desejam, elas são as maiores responsáveis pelas coisas que escrevo, principalmente aquelas, como uma música da Adriana Calcanhoto, senhas, diz assim - " eu gosto de quem tem fome, dos que morrem de vontade; dos que secam de desejo, dos que ardem..." Esta música retrata bem, o motor combustor movido em mim.


2 - Quem te iniciou na literatura?

Resp: meus pais tiveram muita participação nisso. Eu tenho um certo fascínio pelas letras, e isso foi bem caracterizado em minha infância. Aos quatro anos de idade, sem saber ler, eu pegava as cartas que minha avó havia mandado para a minha mãe, e tentava ler o que estava escrito, achava lindos símbolos, como não conseguia entender, eu desenhava o que imaginaria estar escrito. aos seis anos, aprendi a ler, e desde aí, nunca mais parei; meus pais compravam enciclopédias infantis e uma coleção de biografia de personalidades famosas, eu lia tudo, de barsa a bula de remédio; nunca dei atenção às distrações normais que uma menina da minha idade poderia se divertir; nunca gostei de brinquedo, ou cirandas; gostava de brincar na estante da sala, e foi lá, que comecei a escrever meus primeiros livros. Aos sete anos, com uma literatura infantil escrita, concorri em minha escola a um premio infantil e venci, representando meu colégio a nível estadual, e também ganhei o concurso. Depois aos treze, escrevia romances para adolescentes, mas sentia-me intimidada em mostrar as pessoas, coisas da idade... Sempre gostei muito de me jogar para os meus textos, diluir até a última gota de intensidade, e para esta idade complicada, eu achava que as pessoas não iriam entender o que eu estava querendo transmitir, achando-me meio maluca ou algo assim. O meu grande ídolo na adolescência foi José de Alencar, e na fase adulta, trombei os olhos em um texto que li e reli umas vinte vezes, não consegui parar de ler, depois, lia diariamente, só depois fui descobrir de que se tratava de Clarice Lispector, me apaixonei e não consegui mais ficar sem lê-la um dia se quer, mesmo que já tenha lido; ela é incrível, e para mim, uma deusa, inimitável, pois é o próprio mito.


3 - Como surgiu a idéia de escrever livros?

Resp: A idéia foi a solidão que existe dentro dos escritores. Eu me sentia extremamente só, e não entendia o porquê me afastava sempre para ficar na introspecção. Toda vez que eu me sentia assim, eu estava com um caderno e uma caneta nas mãos, tentando escrever, nem se fosse os detalhes da cadeira velha que tinha em meu quarto, tentando dar sentimento a aquele objeto, e por nela, uma personagem e em seguida, imaginá-la em algum lugar onde minha imaginação poderia levá-la, diferentemente de onde estava; a experiência era fantástica. Eu me afastava para poder escrever; observar, degustar as imagens, vozes, cores, etc... Escrever foi algo natural que aconteceu em minha vida.


4 - Quando surgiu a idéia do 1º livro?

Resp: O primeiro livro, foi o infantil, que já discorri na primeira pergunta, porém, o primeiro livro que tive a intenção de publicar, O VOO DA ESTIRPE, o qual a Fernanda, fez com tanta mestria a resenha, surgiu em momento muito crítico de minha vida, estava passando por uma série de complicações com minha saúde, havia acabado de ter pela segunda vez, um derrame, e meu rosto, na época estava com sequélas, com dificuldades de comer e falar, sorrir, já não sorria a três meses por conta da paralisação nos lábios; eu havia parado de escrever pelas circunstancias que estava passando, um casamento conturbado, seguido de separação e depois, os dois derrames, voltei a escrever, e demorei um ano para terminar o livro, porque muitas vezes, era necessário absorver coragem para expor os sentimentos da personagem, sem diluir-me nas entrelinhas, então eu fazia pesquisa de campo com as pessoas, saia, tentava saber como elas se sentiam em tal situação, e ia depois experimentando como seria, se eu estivesse dentro de tal pessoa, como é sentir como se fosse ela... Sofremos uma enchente na minha casa, e quase tudo que tínhamos, perdi meus originais. Tive que recomeçar o livro me baseando no roteiro que tenho o hábito de fazer a cada vez que inicio um trabalho; e assim nasceu, o voo da estirpe.


5 - Como está a corrida para a publicação dos livros?

Resp.: Nossa... Isso se transformou em uma ideia fixa em minha cabeça. Posso até não conseguir o alvo, e se um dia morrer sem conseguir, sei que meus amigos, ou filhos irão passar adiante o meu original, mas nada melhor do que você conseguir realizar como parte da continuidade de um sonho. Não teria sentido para um escritor, escrever sem ter quem o leia; seria como o médico se formar, sem ter seus pacientes; o advogado peticionar, sem ter quem representar e o engenheiro construir, sem ter quem usar a sua ideia, embora ser escritor não é uma profissão, vejo um livro em mão, o sonho concluído, o eu interior, conhecido como ego, ter alcançado a sua meta, eu faço desta luta, um ideal longe do sofisma; não pretendo ludibriar as pessoas com mentiras contadas, e sim, saber que consegui fazer disto, uma realização pessoal concluída.

6 - Como foi a recepção entre os blogs literários?

Resp: Quero aproveitar e deixar um grande abraço para os blogs, e dizer que em minhas andanças atrás de editoras, foi maravilhoso saber o quanto os blogs hoje são reconhecidos, porque as próprias editoras dependem de nossas amigas e parceiras blogueiras para estarem divulgando as obras, e que a maioria das vendas de livros hoje, vem oriundo dos trabalhos desses blogs, que a meu ver, deveriam pelo menos ganhar um reconhecimento a mais por este trabalho, pois estão fortalecendo as vendas, cada vez mais, mesmo que ainda em passos lentos de venda de livros no Brasil, para as editoras aumentarem o seu patrimônio (apenas uma opinião). 
As blogueiras deste Brasil varonil sempre me receberam muito bem, com muito carinho, respeito pelo trabalho, com o mesmo afeto, falam e nos ajudam a divulgar o nosso trabalho, e vou dizer uma coisa, e digo de coração, se todos os escritores tivessem sua própria condição de editar de modo independente seu próprio livro não precisaria correr léguas atrás das editoras tradicionais, pois, os trabalhos que essas meninas fazem com o livro da gente, só faltam editar, porque não há nada feito com tanto amor, como vejo as resenhas, tão bem preparadas, trabalho e dedicação por amor àquilo que se faz, e nada mais, os nossos anjos da guarda, viu, colegas escritores!
Sei que falo muito, mas preciso e não posso deixar de contar algo que me aconteceu; um tempo antes de pedir a Fernanda para resenhar o meu livro, havia procurado pelas tais celebridades, e uma delas, não é preciso citar o nome, respondeu ao meu e'mail, confundindo-me com uma amiga de um amigo seu, alguém que também escrevia, e era iniciante, mas cujo amigo, outra celebridade, era amigo deste que procurei, e ele pensou que era uma indicação deste amigo, e me recebeu com muita cordialidade, se prontificou com esmero ao resenhar e prefaciar meu trabalho, ocorreu que ele entrou em contato com este amigo, e veio a saber que estava se equivocando, acreditando eu ser, a amiga deste amigo, por termos o mesmo nome, isso tudo depois de ter lido o meu livro e dito que estava maravilhoso. Conclusão, ele me mandou um email, dizendo que havia se equivocado, e que não faria o que havia proposto, pois eu não era a amiga de seu amigo que ele estava imaginando, me desejando uma boa sorte com meu livro. Fiquei muito chateada, evidentemente, e resolvi pedir ajuda aos anjos dos escritores, foi quando me encontrei com Fernanda, e ela aceitou de imediato, divulgou em seu blog e foi tudo maravilhoso. Acho que nem preciso dizer mais nada... Os diamantes estão tão próximos que não consigo enxergar, por não acreditar que estava ali o tempo todo...


7 - E com as Editoras?

Resp.: A recepção, foi justamente o comentário que fiz para uma matéria da revista Época, os editores vivem enchendo o ego dos escritores internacionais, sempre tratando os escritores renomados com lisonja, e nós, da classe C, os escritores de pés no chão, cobrando os currículos latter, ou seja, que tenha passado em concursos literários reconhecidos; que tenha sido indicado por alguma celebridade literária, porque o negócio para uma editora comercial, é bem diferente do afã de um autor do livro que ela está publicando; com nós, fica o sonho subjetivo, o glamour, a magia lírica que isso nos molda, mas o que molda uma editora, é o que molda qualquer outra empresa de marketing, o capitalismo é senhor dos tempos, se dá valor naquilo que o dinheiro já norteia; elas não estão a fim de apostar nos talentos, mesmo que reconhecidos por elas como uma boa escrita, ou coisa assim, em um contrato de risco, que não vai lhe render como seria se fosse editar para alguém que já vende, que já é conhecido o trabalho, para eles, um contrato com autores desconhecidos, é um contrato suicida. Uma editora é uma personalidade jurídica de direito, elas não tem alma, ou coração, não vão se emocionar se eu for contar a minha história triste na luta para publicar meu livro; descobri então que o jeito, é o jeito que elas exigem, ler muito, estudar muito e escrever todos os dias para participar de concursos literários que possam reconhecer um dia o meu talento, lembrando que Machado de Assis; a própria Clarice Lispector e vários outros demoraram na faixa de vinte anos para chegarem onde conseguiram, e naquela época, não existiam tantos concursos e meios para se envolver, então, estou aí, na luta nossa de cada dia, inscrita em concursos de cabo a rabo para encontrar a chave secreta que abrirá a porta para as minhas letras.

8- Através das suas experiências, o autor iniciante possui quais desvantagens?

Resp.: A desvantagem é somente o tempo que não corre a seu favor; demora-se muito, mas só alcança a vitória aquele que insiste, persiste, pisa no pé, leva pisada, perde sua roupa mas não desiste nunca... Não existe escritor melhor que outro, nem há parâmetros de compará-los, pois cada um, trás em si o traço de sua personalidade literária, seu estilo próprio; a única desvantagem, é o tempo que ele leva para mostrar o seu trabalho, contribuindo com o crescimento da humanidade. Na verdade mesmo, quem sempre perde mais, é o leitor que está lá, esperando por nos ler. O escritor sempre escreverá, tendo ou não seus livros sendo lidos.

9 - Deseja falar algo para os leitores da Caçadora de Livros?

Resp.: Sim, claro!!! De tudo que falei até agora sobre os blogs e sua cooperação em massa para com o trabalho de amor, que é a missão de ajudar o Brasil a ler mais, quero ressaltar em ênfase, sou fã deste blog, e tenho uma certa intuição de que ele fará um papel muito importante na realização do meu sonho, como tem sido feito para muitos outros escritores que estão tendo os seus livros divulgados lá, muitas vezes, nem tem conhecimento, pois o livro chega lá através da editora, em muitos dos casos, mas este carinho, esta simplicidade; esta sinceridade em fazer parte, em contribuir com altruísmo, eu só posso dizer que encontrei em blogs como o da Caçadora de Livros. Se vocês querem saber como chegam até vocês esses livros que fazem parte da historia da vida de vocês, deixei aqui, nesta entrevista, escrito todo o trajeto, desde o momento em que ele foi apenas uma idéia, até chegar a ter uma capa e ser enviado via correio para olhos sedentos de conhecimento, como os meus, por exemplo. Quero pedir para que participem mais; vamos ajudar na mesma reciprocidade a estas meninas, pois elas realmente fazem tudo que fazem; pelo mais profundo amor pela literatura, com um único desejo, que esses livros cheguem até nós e mudem de alguma forma a nossa vida. São intermediadoras de felicidade.

11 - Algum pensamento ou frase de efeito?

Resp.: Existe uma frase simples, eu a leio sempre, pois ela tem sido muito importante em minha luta literária, ela diz assim: "O que se deseja é sempre mais valioso do que o que se alcança." Frase de Garibaldino de Andrade, um menestrel escritor português. Agradeço a você, Fernanda, por tudo que tem feito pelos escritores brasileiros, eu disse, e digo, que você é uma peça muito importante no reconhecimento de nosso trabalho, como o pão e como a água... Muita sorte, muita energia boa a você, e de mãos dadas, sempre chegaremos a algum lugar.

Obrigada Adriana pela entrevista!


Fernanda.
Caçadora de Livros ®
  
Ingresse nessa aventura e encontre o seu tesouro!
Twitter: @c_delivros







PESSOAL QUERIDO!

Minha caixa do email está uma loucura de quantidade de email que está chegando por conta da nossa promoção que irá sortear os dez livros desses novos autores maravilhosos que está nos dando esta oportunidade em conhecê-los!
Faltam apenas dois dias para o sorteio, e queria dizer, que ainda dá tempo de participar, basta seguir o blog, e por gentileza, deixem um comentário, pois deste modo consigo localizar o link onde você se encontra. Muita gente que seguiu, ficará fora do sorteio, pois não consegui localizar seu link, como farei para entrar em contato? Por isso que peço por favor, deixe um comentário, pois deste modo, eu vou respondo e anoto o endereço na lista dos seguidores.
Procurem conhecer os livros, clicando neste blog em livros e promoções, lá se encontra toda a biografia dos autores, bem como os livros que você serão sorteados.
Espero que um dia, todos os meus seguidores sejam contemplados com livros, pois é para este objetivo que esta promoção caminha! Boa sorte a todos.

CANTINHO DO NOVO AUTOR







Sobre o autor:

Nome: DENIS LENZI
Pseudônimo:
Profissão: Agente Administrativo da escola municipal
Dados acadêmicos: Curso Superior Incompleto – Artes Visuais
Cursos Literários: Nenhum.
Prêmios literários: Nenhum.
Obras publicadas: O Entregador de Bonecos
Escrever, para mim, é:

Envolver com os personagens na história, captar e transmitir os sentimentos desses para os leitores. Mostrar, através das histórias de fantasia e de sobrenatural como um reflexo da nossa realidade cotidiana. Geralmente, são a parte emocional e psicológica que são transferidos para os papeis, assumindo em forma de personagens e suas formas de ver com o mundo. Meu estilo literário sempre será uma combinação de fantasia com a realidade, com algumas doses de violência.

Sobre a obra divulgada:


·        Porque escreveu esta obra?

Foi no inverno chuvoso de 1994 quando eu, na época tinha 19 anos, estava procurando uma história com seriedade, uma história que seja diferente, original, que não seja de vampiros, lobisomem, fantasma, serial killer, triangulo amorosos, mas com uma história diferente, única. Foi então que me lembrei da minha vizinha que morava ao lado, que criava os bonecos lindos e encantadores. Quando era criança costumava visitar na casa dela e lembrava e ainda lembro o interior da casa, o cheiro de madeira e dos panos acumulados dentro das várias caixas de papelões. Ela tinha montes de bonecos espalhados por toda a sala e até tinha um antigo relógio de cuco dependurada na parede. Uma lembrança marcante que será impossível ser apagada. Foi então que comecei a escrever o livro, acrescentando personagens, eliminando alguns deles, foi um processo literário longo, exaustivo e ao mesmo tempo prazeroso pára uma pessoa solitária que não tinha amigos e nem namorada. O livro era meu amigo e meu companheiro da minha solidão. O trabalho me consumiu por 17 anos e acredito que o meu livro amadureceu depois de todos esses tempos. É claro que, como acontece com maioria de escritores, ainda sente necessidade de melhorar o livro, como diálogos, cenas, novas cenas. 

·        Para quem esta obra foi escrita/dedicada?

A obra, primeiramente, é dedicada para a minha vizinha, a criadora de bonecos – Dona Flalmira. Acho que era esse o nome dela ou apelido. Ela tinha mudando para outro lugar anos antes de eu começa a escrever pela primeira vez com uma maquina de escrever portátil – uma Olivetti.  Também dedico o meu livro para as crianças que perderam suas auras de inocências, embora a minha obra não seja recomendada às crianças por causa do seu conteúdo adulto. Também é destinado para as pessoas que sonham um mundo melhor. Pode parece clichê, mas como mundo está ficando cada vez mais sombrio, nada melhor do que despertar a nossa imaginação com a esperança de transmitir as mensagens positivas ao mundo.

·        Quanto tempo a obra levou para ser escrita e em que ano foi terminada?

O livro nasceu no dia de inverno chuvoso de 1994 e terminou por volta de verão de 2010.

·        Qual a área em que esta obra se encaixa? (p. ex.: psicologia, drama, ficção, matemática, física, auto-ajuda, poesia, ficção científica, fantasia medieval, fantasia urbana, realidade contemporânea, contos, crônicas, humor, eróticos, espionagem, suspense, policial, terror etc.)

O livro se encaixa como ficção/fantasia urbana/realidade contemporânea, esse será o meu estilo literário.  Também de drama, por conta dos envolvimentos emocionais dos personagens em relação ao mundo inóspito.

·        Qual o público que, em sua opinião, irá se interessar por esta obra? (p. ex.: faixa de idade, profissão, classe social, religião, etnia, gosto literário etc.)

O livro é voltado para público juvenil e também para  adulto, daquele da classe média e que goste uma literatura com linguagem mais acessível, dinâmica e que procura mergulhar no mundo imaginário, sem, contudo, deixar de  lado a realidade, uma vez que compreendê-la é importante para que possamos nos fortificar e lidar melhor com os desafios do dia-a-dia.Também é voltada para as pessoas sensíveis, que sensibilizarão com o protagonista David Forlin.

·        Qual foi o método utilizado para escrever esta obra? (p. ex.: intuitivo, baseado em outras obras, técnicas literárias didáticas etc.)

Utilizei o estilo literário de algumas partes de autores estrangeiros que me influenciou a escrever a obra. O livro inicial não tinha influencia, escrevi-o apenas hobby, depois de ver o potencial do livro como algo publicável, comecei a procurar um estilo literário. Narrativa com vocábulos difícies não é meu tipo. Gosto mesmo é leitura mais acessível e dinâmica. Mitch Albom é um grande exemplo para mim, com sua obra maravilhosa As Cinco Pessoas que Vai encontrar no Céu. (exatamente como o entregador vai encontrar as cinco crianças, apesar de ser escrito anos antes do autor Albom publicar sua obra.), e a semelhança pára por ai.

·        Que tipos de orientações estão contidas nesta obra?
O livro é para ser lido durante seu lazer e repouso. Não é livro de auto-ajuda como tem muitos espalhados por ai, mas é um livro para sonhar, refletir e emocionar-se com os personagens. O livro foi feito inicialmente para mim e da minha família. Se há alguém igual como eu, um sonhador, com certeza vai amar a história. É uma história que merece ser contada.

·        Que tipos de afirmações estão contidas nesta obra?

Há informações interessantes do meu livro depois de uma árdua pesquisa, pois, apesar de ser um livro de ficção, certas informações têm que ser críveis e plausíveis. Os cenários como Solvang e Nashville são reais e os alguns lugares existem, mas os outros são imaginários. Há um pouco sobre amish, a segunda guerra mundial relatada pela avó, enfim, há muitas informações no livro que podem interessar o leitor. O meu livro não fala sobre apenas os bonecos encantados e seu protagonista, mas é uma história bastante abrangente, que fala sobre amor, traição, a tragédia, o perdão, há muitas coisas no livro.

·        Quais são as mensagens que esta obra transmite ao leitor?

O livro fala sobre o sonho, da esperança, de não deixar a inocência e sensibilidade humana morrer dentro do cenário inóspito e violento. Os bonecos são os meios recursos para semear a esperança, da alegria e da vida nas pessoas. Há muitas mensagens positivas no decorrer da leitura e espero que eu tenha conseguindo despertar a sensibilidade dos leitores.

·        Qual é a aprendizagem que esta obra apresenta ao leitor? (Caso exista)

A única aprendizagem que o livro pode apresenta ao nosso leitor é - Não deixa a sensibilidade humana morrer. Nós temos a aura de inocência dentro de nós e temos que preservá-la enquanto vivemos em um mundo capitalista e violento.

·        Caso esta obra possua personagens, por favor, responda as seguintes perguntas:
- Quais são e seus traços característicos

David Forlin, o protagonista, é, sem dúvida, o personagem mais marcante e impactante que já criei. É o personagem forte, com seus dilemas e suas várias fraquezas. A impressão que tenho é que o personagem é incrivelmente real, palpável por causas das suas atitudes e dos sentimentos que tem com os outros. Se for à vida real, eu gostaria de conhecê-lo pessoalmente e ser meu melhor amigo de toda a vida. Ele sempre aparece com seu inconfundível casaco de retalhos coloridos e um gorro na cabeça.

As crianças eleitas descritas no livro também são marcantes, por seres crianças especiais. Especiais que somente mais tarde o leitor vai compreender melhor.

- Quais as ligações entre os personagens?

David Forlin, é na verdade, a única ponte entre esses bonecos encantados, feitos de pano, e as crianças que terão suas vidas modificadas ao recebê-los. As crianças não conhecem este personagem e nem umas a outras, mas que todas têm em comum: que foram contempladas por bonecos encantados, que selecionaram-na para que possam transmitir seus ensinamentos e aprendizados a elas sabendo que no futuro elas irão tornar-se pessoas muitos importantes. Mas que nem sempre as crianças seguem os ensinamentos, acabando por desviar por outros caminhos.

- Em que foram baseados - em fatos reais, ficção ou ambos?]

Ambos. Os fatos reais eram envolvidos com as pessoas conhecidas.

·         Em que local e época a trama se passa?

A história se passa na America do Norte no ano de 1984, embora o livro não mencione o tempo, podendo ser atemporal, mas a época se passa justamente nisso.

·        Quais são os temas/assuntos principais e coadjuvantes abordados na obra? (p. ex.: nascimento, morte, velhice, traição, ciúmes, amor, pedofilia, homossexualismo, religião, perdão, crueldade, machismo, feminismo, tolerância, inteligência etc.)

O livro aborda vários temas como a morte, a tragédia, o amor, perdão, tolerância, a aceitação e a compreensão com as pessoas e das suas dificuldades. São assuntos bem abrangentes.


·        Qual o foco narrativo utilizado na obra? (p. ex.: Narrador-Observador, Narrador-Observador Onisciente, Narrador-Observador Câmera, Narrador-Personagem Protagonista, Narrador-Personagem Testemunha, Narrador Intruso e Neutro)

Gostei dessa pergunta. Quando escrevi o livro em terceira pessoa, visualizei o protagonista na maior parte do tempo, como se estivesse seguindo seus passos durante a sua trajetória, seus sentimentos e seus pensamentos. Então, podemos dizer que o foco narrativo é de Narrador-Observador Onisciente.

·        Qual a frase que mais marcou o seu livro, e dá a ele, o condão característico:

Chegou a hora de acreditar em mim, quer você goste ou não. E, quando tudo acontecer, não sinta medo. O que irá ver é real, e não fruto de sua imaginação. “Eles” querem que você os leve para as crianças. Saberá onde encontrá-las. Os bonecos vão lhe mostrar. Confie neles. São seus amigos. Criei-os com todo amor, muito mais do que você pode imaginar. Se os bonecos pedirem sua ajuda, não recuse. Compartilhe-a com eles.

·        Pretende apresentar a sua obra a uma editora tradicional? Justifique a sua resposta; e se já a apresentou, qual foi a sua experiência.

Já mandei para editora Rocco e foi recusado. O que foi bom, porque naquela época o livro não foi maduro o bastante. Anos depois, reenviei para a mesma editora e nenhuma resposta. Sextante, Cia das Letras, Record, Objetivas, todas recusadas. Até que mandei uma para editora Novo Século o meu livro foi aprovado para fazer parte da coleção Novos talentos da Literatura Brasileira, mas como o contrato pede que o autor faça a sua pequena parte para investimento do livro, fiquei meio que triste por não ter recurso financeiro o suficiente para bancar a minha obra. A editora NS é a minha preferida por trazer bons livros de autores estreantres e sempre compro que tenha Novos Talentos de Literatura Brasileira, por trazer histórias novas, diferentes. Também o meu livro foi aceita pelas duas outras editoras, e mais uma vez terei que arcar o custo, mas apenas para a preparação do livro. O valor para investismento é razoável e simbólico comparado ao Novo Século, mas mesmo assim estou sem recurso para isso.Já tenho uma capa lindíssima feita pela competente e talentosa capista Marina Avila, que já fez capas para Underword, esta que está em posse do meu manuscrito e que estou aguardo a resposta.

·        Qual a sua meta com este livro?

Vender bastante (risos). Todos os escritores querem. Mas a verdade é que o meu livro merece ser lido por muitas pessoas, mesmo que seja apenas apenas 1000 leitores, mas isso já é um bom começa para sentir-se como um escritor e que me faça continuar trabalhando no projeto livro. O Entregador de Bonecos é um dos primeiros volumes da trilogia.

·        Qual a sua análise, como escritor, hoje, da literatura brasileira?

A literatura brasileira está começando ressurgindo a todo vapor e espero que continue acontecendo. Na época em que escrevi o livro, a literatura brasileira não era muito valorizada, somente famosos como Paulo Coelho, Jô Soares, que conseguiram alcançar os sucessos, mas a maioria dos sucessos vem de fora. Livros de auto-ajuda também é bem mais sucedido, mas da ficção literária brasileira é muito pouco valorizada pelos maiores dos escritores estreantes. Mas agora, a situação está mudando e espero que continue dessa forma.

·        Insira um trecho do seu livro que você julga atrativo:

David, enlaçou sua mão, grande e forte, à de Mayra, tão pequena e frágil. Devagar, foi colando seu rosto ao dela. Finalmente, irrompeu no céu um último foguete, envolvendo o jovem e enamorado casal num brilho de luz verde esmeralda. Beijaram-se, hipnotizados pelo clima de magia e sonho que rondava o ar.






Texto e criação de Adriana Vargas de Aguiar, ao utilizar este texto, por favor, não se esqueça de mencionar a autoria.

23 comentários:

Nil Catalano disse...

Agradeço sua visita em meu blog, e é uma alegria conhecer o seu.
Um grande abraço

Denis Lenzi disse...

Minha primeira entrevista postada no seu blog, que chique! Obrigado, Adriana. E olha, caros leitores, sei que você reparou os meus errinhos nos textos, não quer dizer que o meu livro tenha também montes de erros. Está tudo revisado e você pode conferir meu livro pela Bookess. E anda mais: A capa acima traz um título que se chamava No Limiar dos Sonhos - A Jornada de um Entregador de Bonecos, e agora se chama a partir em diante como sendo O ENTREGADOR DE BONECOS, que é o título original e que tem tudo a ver com a história. E prometo que não vou mudar mais o título para não confundir a cabeça dos pobres leitores...rssss... Continue visitando no blog da Adriana, uma pessoa querida e batalhadora que dá apoio aos todos os escritores inciantes. Juntos podemos ir em algum lugar onde os nosso livros merecem seres reconhecidos. Abraços a todos de vocês. Ah, sim, quase ia esquecendo: não deixe de visitar o meu blog. :-)))

Guida Rosa disse...

Sou sua seguidora querida..como a vida das rosas
beijos Gui.

Josiane veiga disse...

Nossa... olha a minha descrição aki:
"A idéia foi a solidão que existe dentro dos escritores. Eu me sentia extremamente só, e não entendia o porquê me afastava sempre para ficar na introspecção. "

acho q todo escritor é assim... esta na nossa alma, nao conseguimos mudar

Anônimo disse...

Adriana não conhecia teu trabalho nem o blog com tudo que há nele. INCRÍVEL e maravilhoso. AMO LER A VIDA INTEIRA FOI ASSIM... sua entrevista ficou linda um singelo retrato. A entrevista com o autor foi gratificante ler. Claro que gostaria de participar do sorteio um livro simplesmente é.
Quando lancei meu primeiro e imaturo livro a gerente da livraria pegou meu livro na mão e falou assim: olha vou te dizer uma coisa um livro sempre vai existir agora a internet? ninguém sabe e assim ela deu os parabéns pela edição do livro. Parabéns ao blog inteiro!

Sotnas disse...

Olá Adriana, que tudo permaneça sempre bem contigo!

Gostei deveras de saber um poco mais sobre você e sua luta pra publicar seu livro. E sobre a pessoa que ia fazer a resenha no seu livro somente pelo conhecimento do amigo de um amigo, é o fim, sempre digo que nada aprendem mesmo que vivam milhões de anos. Algumas pessoas após conseguirem o que desejam, não evoluem, e preferem que outros passem pelos mesmos problemas que ele passou, este deve ser o prazer deles!
Gosto também da divulgação de livros que faz por aqui, muito bom e interessante este teu belo espaço!

Me perdoe por não ter estado por aqui nestes dias, estava viajando, um merecido descanso para recarregar! Grato por tuas sempre tão gentis visitas e comentários eu desejo que você e todos ao redor tenham intenso e feliz viver, abraços e até mais!

Anônimo disse...

Boa noite amiga
vim agradecer a sua linda visita e seu carinho lá no meu cantinho!
abraço amigo
Maria Alice

Crista disse...

Vou te seguir...mas se tu não me seguires...fico de mal e vou embora!!!
Beijosss...

Ives disse...

Olá, já que minha querida amiga Crista esta por aqui, a sigo tb rss! Tudo muito interessante por aqui. Abraços

Anônimo disse...

Olá Adriana!

=)

Que coisa boa o seu blog!
Livros,poesias,palavras..paixões indescritíveis de quem realmente sabe o valor da literatura,seja ela da maneira que for!


Agradeço por sua visita em meu blog, já estamos a segui-la!

Agradeço ainda mais, pela amizade!


Grande abraço!

E tenha uma semana abençoada!

Palavras Vagabundas disse...

Adriana, passeando cheguei aqui, achei super bacana um blog que se preocupa em divulgar novos autores. Li sua entrevista e vi que é guerreira!
Parabéns pelo blog.
abs
Jussara

Eryck Magalhães disse...

Cá estou eu!
Parabéns pelo blog.
Quero participar do sorteio!
Abraço!

LUCONI MARCIA MARIA disse...

Adriana querida eu não sabia do concurso, li sua poesia no blog da querida Severa Cabral e pensei que poema lindo, tenho que conhecer a casa desta poetisa e aqui estou, meia sem graça, pois vim em época de concurso, mas olha amei tua entrevista, entrei para conhecer teus textos e desta forma conhecer tua alma e ao invés disso a postagem éuma senhora entrevista,ficou muito boa mesmo, já virei fã, beijos Luconi AH em tempo no meu blog de textos meus, eu tenho uma livraria adulto posso levar a imagem de teus livros com o link para quem se interessar entrar em contato? Se puder me dá um toque a minha intenção é exatamente divulgar obras de autores não famosos mas que são muito bons até mais que os famosos, beijos Luconi

Verafonseca disse...

Adriana querida, li a sua entrevista com a Fernanda (blog caçadoras de livros), fiquei muito comovida com a tua transparencia e sensibilidade, vc conseguiu expressar não só a tua realidade como pessoa, mas, principalmente tocou o dedo na ferida que não para de sangrar "O descaso das editoras para com os novos escritores nacionais", parabéns linda, tenho certeza que vc já uma grande representante de nossa literatura, o sucesso será apenas uma consequência natural... bjussssssssssss
Verafonseca
http://veraluzdasletras.webnode.com.br

Gilmara Wolkartt disse...

Amei seu blog!
Estou te seguindo!
Ah! E gostaria de participar do sorteio do livro.
Gd Beijo

http://gilmara-almaemflor.blogspot.com

Evanir disse...

Querida Amiga.
Me perdoa demorar para chegar aqui estou tendo alguns problemas e demorando para voltar nos blogs.
Amada eu sou seguidora sua faz tempo rsrs.
Amo brincar de vez em quando hoje vou dormir mais tarde mais que vim aqui AH!!isso eu vim.
Linda noite anjo lindo uma semana abençoada beijos de luz,Evanir.

Jorge Sader Filho disse...

Muito lúcida a sua entrevista. Estas perguntas sempre colocam o entrevistado sem muito 'chão', fato que não ocorreu com você, Bela Adriana, especialmente no que diz respeito ao mercado editorial.
Parabéns!

Carinho,
Jorge

Smareis disse...

Brilhante sua entrevista. Gostei muito.
Gostei muito de conhecer seu blog, e tomei a liberdade
de te seguir, e convido a conhecer meu blog, se gostares me siga também.
Uma ótima semana cheia de coisas maravilhosa e sonhos realizados. Abraços

smareis

Everson Russo disse...

Bela a sua entrevista minha amiga...parabéns...beijos de bom dia pra ti.

Flávia Shiroma disse...

Oi querida!
Muito obrigada pela sua visitinha super simpática ao meu blog! Seja sempre bem vinda. Bjs

Arione Torres disse...

querida amiga bom dia!muito obrigada pelo convite
e por visitar o meu blog e por seguir, vim conhecer o seu blog e adorei já estou te seguindo com muito carinho tenha uma ótima semana bjs....

Elise disse...

Obrigada pela visita ao meu humilde blog. Espero que você volte mesmo!! Boa sorte na sua carreira e também te sigo!!

Beijos

Marli Carmen disse...

adorei a entrevista de uma maneira que vc n imagina...estou emocionada....

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