sexta-feira, 15 de abril de 2011

A medida exata da loucura



Contorcendo aos gritos oscilantes em um lugar lacrado por uma Desilusão malfazeja
 Aperto vagarosamente a diagonal do que me resta - a oração Que aprendi quando menina...
É a lágrima que tem para hoje... 
Assim, quando nada mais restar
 Hei de espantar do peito
 O ressentimento que não saboreá meu instinto pungente
 Se for para estar
 Que fique quieto no canto mais longe
 E não me olhe como se quisesse de mim
 O que não sobrará a ti
 Por pura vaidade minha...
 quero te ver sangrar,
Gota a gota...
Diante dos meus olhos que deixarão de chorar
 Para celebrar a morte do gigante 
Que se encolhe no canto 
Escondendo o sentimento
Que lhe escapa 
Por suas extremidades desconhecidas... 
O ressentimento tem
Coração...


(Adriana Vargas de Aguiar)





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