Quando se ama uma escritora...

Turbilhões de pensamentos aspiram um ser pensante feito a mim, que vivo por um segundo apenas...

Intensamente, quero a insensatez de desfrutar até a última gota de tudo que me causa prazer e sensação de conforto, o desperdício do desejo é o fato de que não consigo engolir o mar inteiro em um segundo. 

Meu amor vem chegando; a ansiedade não me deixa dormir. Penso nele, na boca que tem; nos braços tenros de pele macia; cheiro que inunda em meu afã de me afogar; morrer assim, seria uma ótima opção em me despedir da vida... Porém, a loucura que é amar alguém feito a mim... Uma caçadora de sonhos; lúcida? Não... Translúcida na intensidade. Ele se perde entre os minutos que me devoto corpo, alma e coração ao seu maior concorrente, o meu sonho em lançar as minhas obras; rival forte  que me alimenta na mesma proporção de alegria, quando penso e imagino ter ambos em meus braços... Meu bem e meus livros.

Com meu livros; imagino o amor que sinto em escrever aos meus futuros leitores... Difícil tarefa é amar uma escritora; dividir seu amor com centenas de leitores afoitos e com sede seus sentimentos codificados em letras; uma a uma sendo reveladas; propícias...

Sem dizer da paciência devota de meu bem, quase um anjo, ao aturar as explosões de sentimentos expostos de uma escritora que possui tudo a flor da pele; como a um vulcão em erupção que a todo momento se prepara para expulsar de seu interior a proporção de larva que alivia o intelecto, a alma e a criação...

Se este amor resistir a tudo quanto foi relatado...

Se este amor, mesmo assim, renascer em cada manhã... Digo...

Posso escrever tranquilamente sobre este tema - fusão experimentada e testada por métodos rígidos que resultam o seu teor de durabilidade e resistência... Pureza e veracidade...

Este é o amor... Bem mais que palavras...

Um gesto informal de um milagre.