As letras dentro de mim estavam
desassossegadas
desassossegadas
Perdiam-se em labirintos sentimentais...
Dormiam, hora ou outra, feito folhas caídas
Nas asas estacionadas da inspiração
Não escrevo, tusso as palavras
Escrevinhando a paixão perdida nas letras
Sonho atroz de um pescador vagabundo
Veleiro na tempestade sagaz de olhos que
choram
choram
Olhos que soluçam... Gritam...
Pronunciam – Amo-te.
Em meio ao desespero, as letras gemem...
Querem-te!
Bebendo a safra toda em teu cálice
A avelã pronta para ser engolida...
Alma minha, encontra-te... Escrevinho...
Minha alma te toca... Inspiro...
Esqueci meus olhos em tuas retinas...
Esqueci o bom senso em tua perversão...
Esqueci as palavras... Emudeceram
Cessou a inspiração...
Calou a escrevinhação...
Teus olhos prenderam meus passos...
Bebeu todo o meu vinho...
Pisou em minha safra...
Comeu minha avelã...
Sossegou as letras...
Arrancou o meu coração.
Texto e criação de Adriana Vargas de Aguiar, ao utilizar este texto, por favor, não se esqueça de mencionar a autoria.
Um comentário:
"Perdi meus olhos em sua retina"
Amei todo o texto, mas essa frase é muito sublime.
Voltarei com mais tempo para me deliciar nesse seu universo de poesia.
Beijo na alma
Saudações Poéticas!
Postar um comentário
Seja bem-vindo!
O sucesso deste blog depende de sua participação.
Comente!