Meu instinto possui a maciez cortez de um veludo...
Engane-me... Engana-te... Áspero... Volátil...
Um beija-flor ferindo um leão...
Desejo ir embora quando inicio o sentir...
A priori... Ou posteriori... Não sei dizer
Não sei ao menos dizer quem sou...
Quando ouço seus sons
Cordas vocais seduzindo meus tímpanos
Acho-te cruel... Quiçá roubar tua chave da porta da entrada...
Não sabe contar estorinhas para que eu dormir?
No sonho, sou capaz de recebê-lo.
Lá, todas as maldades são perdoadas...
Todas as paixões são consagradas...
Feridas secas... Folhas de outono.
Não haverá razão para me embriagar...
Fugir... Sair da realidade... Se não há realidade...
Não há tempo; nem metas...
Tudo é permitido e fascinante...
E se eu não acordar... Não insista...
Deixe que assim eu morra
Sonhando... Morra amando sem medo
Longe dos fantasmas...
Longe das mazelas...
Sem passado e sem futuro...
Por que o agora
É tudo que nos resta...
Um comentário:
Sempre admirei quem escreve poesias. É um talento muito especial.
Parabéns! Ótimo texto!
Abraço!
www.segundadose.com
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