Acompanhamos
na aula passada como realmente agir para construir em si o arquétipo do
escritor que devemos ser. Agora vamos às lições sobre o que devemos enxergar na
ótica geral do mercado editorial.
A
grande parte dos aspirantes a escritor aprendem lições pessimistas sobre o
mercado
editorial. Mas, como bons leitores críticos (aprendemos na aula passada), não
basta somente a inflexível convicção realista construída pela desilusão e sim
aprender a observar os dois lados da situação.
Há
um tempo, expus como funciona o mercado das editoras por demanda. Ele é
realmente bom? Claro! Afinal, foi responsável para abrir a porteira faraônica
de escritores e pseudo-escritores. Mas também aprendemos que não é uma
maravilha literária, tanto que hoje existem mais editoras que livrarias. São
gráficas que passaram a adotar o serviço totalmente orçamentário que joga toda
a responsabilidade editorial e despesa nos ombros do escritor. Então as
editoras por demanda não presta? É claro que não! As editoras por demanda são
extremamente úteis para o escritor que precisa economizar com tiragens baixas.
Mas também é necessário aprender a usufruir dos seus serviços, para não cair no
jogo deles e sair frustrado.
1- Não culpe as editoras e livrarias por
não vender os seus livros.
Na
verdade, não tente procurar nenhum culpado. Você é totalmente responsável pelo
seu sucesso e também pelo seu fracasso. Aliás, o fracasso só existe no momento
em que você para de lutar e aceita a derrota.
2- Os obstáculos.
Eles
existem para qualquer carreira, seja artística ou acadêmica. Escrever não é
brincadeira. Cada vez mais você terá que ler e escrever muito. Você já viu
alguém aprender a desenhar somente vendo desenho? Ou mesmo aprender a cozinhar
somente vendo a mãe mexendo a panela? Você somente vai aprender a escrever
praticando a escrita.
3- Investimentos.
Aceite
que você terá que gastar dinheiro, terá que ter disposição e paciência.
Não
pense que você vai ter a sorte repentina de J.K. Rowling, Stephenie Meyer, Dan
Brown, entre outros milionários literários; até porque eles também não
começaram ontem.
4- Originalidade.
Não
vá na onda desses escritores, escrevendo clichês, esperando ter o mesmo
reconhecimento.
Existem mais de 30 livros vampirescos, muitos deles são
irritantemente
parecidos com Crepúsculo. Teve uma editora que não somente a capa, como também
a pose para foto da autora eram plágios do livro. Isso chega a ser uma
desonestidade intelectual.
Seja
original e saiba reinventar a sua literatura.
Outras dicas importantes:
1-Aprenda a formatar
Aprenda
os serviços editoriais no Corel e no Photoshop. A economia será de mais de 300%
se você levar a arte toda para a gráfica.
2- Marketing Pessoal
Construa
uma plataforma de Marketing no Facebook, Twitter e outros fóruns
gratuitos
na internet. Até no Youtube ensinam como organizar isso. Faça a lista de blogs
e organize um circuito de divulgação mútua e book tour. Publique resenhas no
Skoob.
3-Seja criativo nas vendas
Promoções
com marcadores, descontos, sorteios, divulgação no Amazon (com o "look
inside" como aperitivo). Crie uma loja virtual com check out (também se
ensina no Youtube ).
4- Invista com o lucro.
Contrate
os serviços de uma assessoria de imprensa para lançar "Press
releases", e enviar livros para colunistas de jornais e rádios da cidade e
adjacências. Isso dá um resultado satisfatório.
Se
você tomou nota e pretende praticar as dicas, parabéns; você continua no
caminho certo para o seu advento literário e se transformará em um escritor e
editor de sucesso.
Exercícios:
1-
Leia e pratique as dicas de investimento, comparando preços de serviços nas
gráficas;
2-
Aprenda sobre diagramação. Existe vídeo aulas no Youtube. Pratique em seguida
no computador;
3-
Revise as suas pesquisas para mantê-las atualizadas.
Leo Vieira é autor do livro
"Alecognição", pela Editora Lexia.
Escritor acadêmico em 35 Academias e
Associações literárias; ator; professor; Comendador; Delegado Cultural em duas
cidades e Doutor em Teologia e Literatura.
4 comentários:
Ótimas dicas!
"Aprenda os serviços editoriais no Corel e no Photoshop".
Tá, sou a favor da dica "aprenda os serviços editoriais", mas essa dica está meio... Incompleta/enganada.
1º) "Corel" é abrangente, e pode estar se referindo tanto ao Corel Draw (excelente para criação de capas e outros produtos visuais, mas não para o livro em si), quanto ao Corel Ventura (esse sim é de edição de livro, mas é MUITO RUIM).
O Ventura foi basicamente abandonado pelas editoras com a ascensão do Adobe Indesign. Fora que este último é muito mais prático e intuitivo de mexer, e tem várias versões (CS3, CS4, CS5, CS6...).
Logo, complemento essa dica com: aprenda serviços editoriais no Adobe Indesign (independente da versão).
2º) O mesmo à respeito do Photoshop. Explicação básica: o sistema gráfico de impressão de cores é a escala CMYK. Toda vez que você procurar uma gráfica, em 99% dos casos, será impressão na escala CMYK (especialmente se for impressão sob demanda ou baixa tiragem, pois é impresso em máquinas de "impressão digital", de baixo custo).
O Photoshop trabalha com a escala de cores RGB. Acredite, é uma diferença enorme!
Logo, para trabalhar com imagens, capa do livro, modelo de panfleto para impressão ou coisa do tipo, aconselho a utilização de programas que trabalham com a escala CMYK. Dois são especialmente bons para manter a alta qualidade exigida para a impressão e a escala de cores correta: O Adobe Illustrator e o Corel Draw (já citado).
O próprio Indesign, na verdade, pode ser utilizado, mas tem que tomar cuidado na exportação para não utilizar nenhuma conversão de escala de cor.
Bom, é isso, só complementando um pouco as dicas ^^
Obrigado pelas dicas Leo, sempre é bom saber um pouco mais sobre o mundo que vivemos, literário/editorial. E obrigado à Ize, mesmo nas críticas consigo perceber a grande vontade de ajudar na completude do texto, dicas válidas também. Aos que tropeçarem neste post, leiam tudo atentamente, são informações importantes sim, mas pesquisem e busquem alternativas. Aqui ninguém está estabelecendo verdades absolutas e imutáveis, o mundo dos softwares é muito dinâmico, assim como a cabeça dos escritores.
Obrigado!
J.C.Hesse
Olá, Ize. Ótimas dicas. Geralmente as gráficas pedem o original aberto para que possa fazer eventuais modificações gráficas e adaptações para impressão. Até mesmo o Paint e o Print Artist me permitiram fazer bons trabalhos gráficos por um bom tempo. Tudo vai até onde a imaginação e força de vontade permitirem.
Obrigado pela colaboração.
J.C. Hesse. Obrigado pelo comentário e espero saber novidades das atividades literárias de todos vocês.
Abraços!
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