segunda-feira, 18 de junho de 2012

Livro nosso de cada dia


EVOLUÇÃO DO LIVRO


Para chegar até nós, a "condição de transmitir e conservar noções abstratas ou valores concretos" percorreu um longo caminho de aperfeiçoamento. Não entendeu muito bem? Foi proposital, na verdade estou falando do "livro", isso mesmo, esse amigo que acompanha a história e os sentimentos, registrando e emocionando. Foi obrigado a se esconder na antiguidade, por questões políticas e religiosas, mas mesmo assim, sua única amarra é à vontade de seu dono, o escritor e autor, a "quem" obedece cegamente.

Sua personalidade, seu perfil e seu gênero são determinados por seu progenitor, quem lhe dá caráter de "obra". Mas como todo filho, é o mundo que vai imortalizar sua existência. Todo livro nasce para ser esquartejado e dissecado, quanto maior o sucesso, mais será dissecado. Mas ao contrário do que se possa imaginar, isso será uma prova do seu sucesso.

Primeiro eram as placas de argila ou de pedra. Posteriormente o papiro, normalmente acondicionado em pequenos rolos. Nestes rolos o "texto" estava gravado em forma de colunas, algo como imaginar várias páginas de um livro atual, lado a lado. Chegavam a ter por volta de sete metros de comprimento. A origem do papiro é vegetal, não muito diferente dos atuais livros. Feito a partir de plantas, que era uma parte da planta, esta parte era tratada como "liberada" ou livrada, que no latim era libera ou livre. Os papiros encontrados até o momento, apresentam como datas de escritos datados do século II a.C..
 

O pergaminho surge como alternativa ao papiro, feito do couro de animais e apresentando maior durabilidade ao longo do tempo. Sua origem mais provável é Pérgamo, de onde nome pergaminho pode ter surgido, uma cidade da Ásia menor.

Os Gregos possuíam um grande conjunto de Leis e acessar esse conteúdo era extremamente trabalhoso, sempre tinham que manipular vários rolos de papiro Além de ser “complicadamente” frágil a manipulação dos referidos rolos. Essa necessidade de manter as Leis escritas em um formato mais fácil de acessar, leva-os a criar o "códex", assim, o papiro perde terreno.

O códex é uma compilação de páginas, deixando a tradicional forma de rolo, de lado. Usar o formato códex (ou códice) associado ao material pergaminho, que se tornou uma forma auxiliar e muito prático, pois era só costurar códices de pergaminho, formando conjuntos organizados, logo o formato códice é o elo de ligação que leva os antigos a pensar,  rusticamente, na forma característica de um livro.

O “encadernamento” foi um salto natural, parecia o limiar da evolução, mas assim como a humanidade, o livro começou a evoluir para um outro nível, o eletrônico, são os e-book's. Sai de cena o papel e entra o meio eletrônico, é claro que é uma evolução natural, diante de toda a tecnologia que o mundo apresenta. Torçamos então para continuarem a existir os livros escritos, pois uma "inquisição literária" hoje, poderia vir a ser muito mais catastrófica do que já foi no passado. Vivas os apaixonantes livros escritos, mas replantem as árvores necessárias à eles.



LIVRO e TECNOLOGIA
Há algum tempo que venho pensando sobre a evolução do método da leitura, que está passando dos livros impressos para os livros digitais. Assim como em outras áreas, a tecnologia evoluiu no meio literário e os eReaders, como são chamados os leitores de livros digitais, estão mudando os nossos hábitos, eles chegaram timidamente a cerca de dois anos, mas o mercado vem crescendo e os valores abaixando. Os eBooks que no início tinham pouquíssimos títulos em português,  expandiram o acervo nos últimos tempos e podem ser lidos em celulares e computadores.

O livro digital tem algumas vantagens sobre o livro tradicional, financeiramente o custo é mais baixo, o leitor consegue adquirir o mesmo título por um valor bem acessível, pois não existem gastos com material, custo de armazenamento e despesas com envio. Do ponto de vista ambiental eles ganham fácil, evitando a degradação do meio ambiente porque não precisam da utilização de papel e distribuição. E no caso de livros que necessitarem de alguma atualização ou correção, isso pode ser feito rapidamente sem custo algum. Ainda para estimular crianças, alguns livros vêm com recursos áudio-visual.

Entre as desvantagens, temos que considerar o prejuízo pela exposição visual excessiva, que mesmo com a adaptação da luminosidade pode causar um desconforto visual. Além de várias sensações, que o livro físico proporciona e que o digital não consegue compensar. Como tirar o livro da embalagem e sentir o cheiro dele (adoro cheiro de livro novo), o toque ao folhear as páginas, a vantagem de colocar um marcador e deixá-lo de lado por quanto tempo quiser, sem precisar recarregar ou ligar.

E o prazer de entrar em uma bela livraria ou em uma biblioteca, o que acontecerá se os livros forem extintos? Talvez, como nos filmes, teremos bibliotecas digitais, onde seremos recebidos por uma imagem holográfica que fará a pesquisa por nós e carregará o nosso aparelho com o conteúdo. Ficam ainda as questões sobre como os autores irão se adaptar a essa tecnologia, ou até mesmo as dedicatórias e autógrafos serão digitais?

Somente o tempo vai dizer se o livro digital veio para substituir o livro impresso, isso vai depender da aceitação e comportamento dos consumidores diante de todas essas mudanças. Eu estou torcendo para que o livro convencional e digital, consigam conviver amistosamente, pois não teria coisa mais sem graça do que dar um eBook de presente a um amigo, enviando um e-mail com um anexo!


Texto e criação dos autores J.C.Hesse e Fabiana Cardoso, ao utilizar este texto ou parte dele, por favor, não se esqueça de mencionar a autoria.

Um comentário:

MOISÉS POETA disse...

Informações valiosas ...!

Foi ótimo ter passado por aqui !

Um beijo , Adriana !

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