segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Do fundo do meu ser




Sensações estranhas invadem o meu ser
Sentimentos discordantes teimam em me querer
Tento fugir das rotas programadas
Tento me libertar de correntes e mordaças

Explodem dentro de mim fúrias inexplicáveis
Brotam em minha mente melancolias doentias
Me sinto num quarto vazio sem janelas e porta
Me sinto tolhida no meu mundo e em mim mesma

Tento dentro de meu próprio labirinto encontrar uma saída
E me vejo girando em espiral em sentido anti-horário.
No alto daquela colina me encontro
Ou seria um penhasco?

Dou velocidade ao meu giro em espiral
E me vejo planando pelas alturas
O mar profundo abaixo de mim me convida a um mergulho
E eu como avião em queda me deixo levar

O choque é intenso
O profundo me traga
A escuridão toma conta
Mas eu sinto paz

Perco a respiração e encontro as respostas
Perco momentaneamente a vida para encontrar a morte
A morte de uma etapa, de um tempo que já passou

Como foguete saio do fundo de mim mesma em direção à Luz
Tomo o fôlego e chego perto do sol
Brilho com ele, me aqueço nele, crio como ele
E percebo que a cura para a alma está "simplesmente" em Criar.

Por Anna Leão. (Ao reproduzir este texto favor mencionar a sua autoria)

Texto e criação do autor, ao utilizar este texto, por favor, não se esqueça de mencionar a autoria.

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