Desenvolver
e escrever um livro infantil é um grande desafio para qualquer escritor. Isso
porque antes de tudo, ele precisa analisar diversos fatores antes de se
conscientizar se o enredo é conveniente para tal formato e assim adaptá-lo com
qualidade, explorando a linguagem mais adequada.
A
grande responsabilidade na tarefa de escrever para crianças é que o autor
precisa desenvolver a imaginação e criatividade delas através da leitura. É uma
atividade tão gratificante quanto competitiva.
Não
se necessita de altas pesquisas para poder compor um bom livro infantil. O
principal é que o escritor se situe em que faixa etária ele apresentará a sua
obra, utilizando a linguagem mais específica.
Para
poder se acostumar e familiarizar, o escritor precisa antes fazer uma pesquisa
básica nas livrarias e bibliotecas sobre os livros infantis mais populares.
Analise as suas linguagens e tente passar uma história própria no formato e
linguagem desses livros. Quanto mais se aprofundar na análise do mercado,
melhor.
O
bom também é aprender ao máximo a diferenciar a faixa etária de cada obra. Se
souber identificar de início, ficará mais preparado para quando for escrever.
Observe
as crianças, as suas forma de se expressarem, de aprendizado e ótica do mundo.
Se tiver oportunidade, leia para crianças de orfanato, creche ou igreja e
observe se elas ficam atentas ou entediadas.
Compreendendo as faixas etárias de um
livro infantil:
Até 3 ou 4 anos:
Nesta fase, a criança ainda não sabe ler; no máximo, reconhecerá as letras do
título da obra e associará a história com as figuras. Os livros geralmente tem
o tamanho de 21x21 cm e são ricamente ilustrados, entre 8 e 12 páginas, com
parágrafos curtos por página. Os enredos são focados em formas, números e
cores, com mecanismos, texturas e outros componentes para entreter a criança
pequena. Outros formatos são em borracha, para acompanhar na piscina e em
tecido, para decorar a cama e acompanhar no sono.
5 e 6 anos:
Nesta fase, as crianças já sabem ler e ficam orgulhosas ao ler e compreender um
livro sozinhas. Neste caso, as obras continuam com o formato de 21x21 cm e com
muitas ilustrações, porém as letras podem ser reduzidas e as páginas podem ir
até 32 de numeração. Os personagens podem ter as características mais
construídas e as emoções e conflitos devem ser semelhantes às das crianças,
para causar mais identificação e entrosamento.
7 e 8 anos: A
criança está mais familiarizada com a leitura e quer se parecer com os pais
leitores. Para essa faixa etária, os livros podem começar a reduzir de tamanho,
com mais páginas (30 à 40 páginas) e também com ilustrações menores e em preto
e branco (somente a capa colorida e em um traço menos infatil). As histórias podem
ser maiores e ganhar capítulos curtos, com diálogos e ação.
8 a 10 anos: Os
livros para essa faixa etária começam a ganhar aspecto de literatura
adolescente. Para esse grupo, pode-se aumentar as páginas para até 60, reduzir
mais o tamanho do livro, dividir a história em mais capítulos curtos, e manter
as ilustrações em preto e branco apenas no fim de cada capítulo.
10 a 12 anos:
Para os pré-adolescentes, as histórias precisam ficar mais complexas,
reforçando no conteúdo e humor. Pode-se explorar sub-enredos paralelos e também
abordar aspectos mais sofisticados, de história, suspense e até mistérios da
ciência. O formato geralmente é 14x21 cm e somente a capa e contracapa têm
ilustrações. A paginação não pode passar de 100.
Para os adolescentes acima de 12 anos, o
aspecto pode ser semelhante ao do livro de 10 à 12 anos, mas com uma paginação
um pouco maior e com capa mais colorida e com menos desenhos. Os melhores temas
são os que abordam questões e problemas típicos de adolescentes e jovens.
Portanto personagens com esses aspectos ganham muito espaço e identificação por
elas. Dessa fase, já se pula para a ficção normal, onde os adolescentes já
aproveitam e aprendem rapidamente.
Agora
é só observar qual delas a sua história se enquadra e escrever.
Leo Vieira é escritor acadêmico em várias Academias e Associações literárias. Também é colaborador em várias colunas em jornais, revistas e blogs.
É bacharel, mestre e doutor em Teologia e doutor em Missiologia e Literatura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja bem-vindo!
O sucesso deste blog depende de sua participação.
Comente!