segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Sociopatia Cultural



"Eu estou com um projeto (embrionário) muito bom (peça de teatro, formação de banda, publicação de livro, etc), que vai dar (provável) lucro e pode ser até muito bom pra sua carreira (trabalhar como ator, instrumentista, designer, etc). Só não posso te pagar agora porque ainda não tenho previsão de retorno, mas há uma grande possibilidade (quase nenhuma) de gerar lucro. Posso contar com a sua colaboração (gratuita)?"


Em todos os ambientes, sejam eles profissionais, religiosos e culturais, existem
pessoas perigosas que são capazes de qualquer coisa para conquistar o seu espaço. Em alguns casos mais graves, querem não só obter espaço, como também não permitem que ninguém mais ganhe notoriedade no espaço em que ele somente quer imperar. Em casos mais extremos, não aceita, não permite e também se encarrega de eliminar da forma que for o seu rival, visto aos olhos dele como uma perigosa ameaça.
O sociopata cultural é desprovido de qualquer sentimento e remorço. Ele não define o que é correto e o que é errado; por isso não se arrepende de seus atos, nem sente culpa por isso.
Ele também sabe persuadir e cativar a atenção de todos para fazer o que for de interesse dele. Mas tudo somente para proveito dele, porque é egoísta ao extremo. Quando não consegue algo, procura sabotar. Inclusive, ele demonstra certa hostilidade quando algo não sai conforme o esperado. Se alguém descobre a sua falta de caráter, o sociopata cultural se faz de vítima e arma um plano para afastá-lo com a intriga mais grave.

O motivo desta postagem é porque existem muitos "profissionais" que merecem essa máscara sob suas rotulações em editoras, agentes literários, diretores culturais, entre outros. O alvo sempre são os escritores, músicos, atores, desenhistas e outros profissionais da arte em busca da realização de seus sonhos.

Fique esperto com a arapuca do Lobo:
- Ele vai se apresentar como um profissional que conhece as tramitações para a realização do projeto, seja ele literário, musical, teatral, etc;
- Ele deixará claro que somente ele pode estar a frente disso e que precisa da
colaboração (com provável remuneração futura) e empenho de todos;
- Ele vai criar uma pseudo-biografia, cheia de referências vagas. Ele também ficará sempre se vangloriando de projetos promissores do passado que QUASE deram certo;
- Se algo começar a desandar, ele incentivará o grupo a se empenhar, ameaçando de que a culpa do provável fracasso (e da embrionária possibilidade de pagamento) seria exclusivamente deles;
- Se alguém notar a fraude, ele criará uma intriga para afastar todos desta pessoa;
- Se o projeto não andar ou não der lucro, ele alegará que teve prejuízo financeiro maior e que não poderá pagar a ninguém (porém ele obteve imensa vantagem).


Fique esperto!


Leo Vieira

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