terça-feira, 12 de abril de 2011

TENHO MEDO DE MIM...



Tocou em minha porta
De modo a não me incomodar...
Insistiu... Ouvi sons... Seu coração pulsava faminto...
Lambia a trava como se fosse devorá-la...
Comia e ardia inteiro tudo que imaginavas as minhas digitais.
Apavorei-me; escondia a alma... Não poderá me levar...
Não durmo no escuro...
Tenho medo de pedir para segurar em tuas mãos
E me perder em caminhos sem volta...
Enganar-me-ia, oferecendo um algodão doce...
Atrair-me-ia, com o toque na auréola de meu seio...
Não posso... Não devo... Não sei me entregar se não for por inteira...
Não sei amar somente a metade; ou um pouco...
O mínimo se quer; que não sinta dor...
Que não adormeça somente após um orgasmo de oito segundos...
Não sei balbuciar palavras; sei gritá-las... Xingá-las... Expulsá-las da garganta
Sei roubá-las de tua boca... Dócil e ardilosa...
Num beijo... Roubo tua língua... Seu liquido; saliva... Tua fala...
Roubo tua paz... Acabo com o medo; acabo comigo... Rasgo tuas roupas...
Amputo  a solidão... Destruo a modéstia; lambuzo o bom senso...
Então peço - pense bem... 
Bebo o oceano Atlântico no conta-gotas...
Se ficar mais um segundo... Não te devolvo para a tua vida;
Não prometo que te farei feliz,
Mas prometo que jamais
Esquecerá de mim...


2 comentários:

Jorge Augusto disse...

lindas palavras... adoro ler vc! beijos

Anônimo disse...

posso ficar mais um minuto aqui? rsrsrsr

beijão

fabiofan

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