quinta-feira, 2 de junho de 2011

Minha poesia - O PARADOXO ENTRELINHAS que está concorrendo a um prêmio literário



O paradoxo entrelinhas
Autora: Adriana



Estou rasgando as lembranças
Sentido não explícito... Cansei de esperá-lo...
Retirando de mim
Partes tuas que deixam pegadas
Não quero recordar teu lar,
O lugar onde está...
Magoei. Sou moça para gritar cantando...
Tu sumiste pela fresta do espelho
Não quer vir... Não virá.
Vá... Suba em seu trem...
Deixe a estação; minha recordação...
Ao olhar minha boca.
Vejo a tua... Quase no canto da minha
Tentando me sufocar...
Leve-te de mim... Não quero mais lembrar...
Em meu pescoço, uma súbita sensação
Tal qual a virgem tocada pela primeira vez...
Um arrepio, seguido de calor
Sentimento de delícia no ouriçar do mamilo
Que não obedece à razão...
Sinto-te descer entre meus seios,
Um deles em tuas mãos...
Tens a mim, como se fosse dono
Estás proibido de alucinar-me...
Espanto-te e em tom de ordem
Verde, quase abacate
Declaro: Não te aproximes!
Deveria ser vermelha, um tanto framboesa...
Errei a cor da ordem...
Tire tuas mãos de meu ventre,
Não pertenço, nenhuma célula a ti.
Não leve contigo aquilo que não te faz parte
... Meu pensamento...
... Desejos aflitos... Noites sem sono...
Entrou-me pelo umbigo
Fizestes usucapião em terrenos dominicais
Quem tu pensas que és? O descobridor dos sete mares?
Quem tu pensas que sou? Marília de Dirceu?
E tu... O dono do meu coração?
O dono. Dono de mim. Sem pedir... Sem garantir...
Dono de mim. Sussurrando apenas.
  

Um comentário:

Leo B. disse...

Parabéns Dri! Linda poesia. Intensa como vc!

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