quarta-feira, 20 de julho de 2011

A busca por um ideal



Na antiguidade, o ideal de um homem repousava em se alimentar; procriar e servir ao reino. Quem conseguia libertar-se desta condição, tornava-se cidadão, e isso era um privilégio para poucos; poucos eram os que conseguiam admitir o aprendizado longe da alçada do comando. Ainda hoje, nos arredores do mundo pode se ver, pessoas que somente conseguem agir, se alguém, ou algo faça algo para que isso se inicie - são as pessoas que nasceram para ser comandadas, e tão dificilmente se permite a entender que para aprender a marcha faz-se mister que haja um profundo desejo interiorizado para que os ensinamentos que se aprendem através da falta do comodismo da conformação com o "ruim" não se perca em uma fantasia ou utopia.
É imprescindível o amor e a paixão para que qualquer aprendizado seja uma prática virtuosa sem que esta perca o sentido e transforma-se apenas em meras crendices; como a cesta básica doada uma vez por ano, por exemplo, utopia para quem dorme com fome o ano inteiro. A falta do autoamor, corrompe por si, os sonhos, a evolução e alma.
O conhecimento para a transformação poderá vir por meio da vivência no cotidiano, mais especificamente na prática do ir atrás daquilo que não se tem, e incomoda não ter... Porém, o maior meio de transformação para tal busca, é o aprendizado que se obtém através do questionamento. É preciso saber para onde está indo tal verba que não chegou em seu destino; o que está sendo feito do dinheiro dos impostos que estão sendo pagos... O que o seu filho faz quando sai sozinho... Para onde vai os dois centavos de troco que você pagou por uma compra no supermercado e lhe foi entregue... O não conformismo, a dúvida que assola, ou a indignação com a falta de respeito, mobiliza a marcha, modifica o ser e o mundo.
Mudar em nome de um ideal, é ser livre! Porém, este mesmo ideal é o que limita o homem ao passo que o cativa; sem que perceba, o ideal o oprime e o isenta da liberdade, pois viver em linha reta para alcançar algo, é aprender apenas com o que escolheu para glorificar-se. O bom seria se o ideal fosse egoísta e fizesse com que o homem percebe que a mudança começa sempre dentro de si, este sim, um grande ideal ao alcance de todos.



Texto e criação de Adriana Vargas de Aguiar, ao utilizar este texto, por favor, não se esqueça de mencionar a autoria.

Um comentário:

Kássia Rocha disse...

Olá Dri
Poucas pessoas observa-se no espelho e/ou procuram reaver suas atuais condições sociais e emocionais, é muito mais comodo andar com uma viseira, "deixar pra mais tarde"...
As vezes me sinto uma estranha por ser intensa em mudanças e esbravejar meus direito ou os "seus" direitos, não abstraio meus pensamentos, quero expô-los sendo ele coerente ou não, quero além de tudo mudar os comandos para um melhor resultado, para com meus filhos e família primeiramente.
Amei sua reflexão, agradeço sua visita ao meu BLOG e sempre estarei por aqui, uma ótimo Espaço!
Bjos
C@Ká

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