quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A Confiança de um Vôo Perfeito



— Olha só, tão novinhos e já se encontraram! — disse um dos Senhores do Destino, ao observar o rumo da vida dos humanos na face da Terra. — Coisas assim não acontecem faz um tempo!

Foi então que o mais experiente dos Senhores ali presentes, apalpando sua longa e branca barba, mirou os dois humanos dos quais o Primeiro Senhor se referia.

— Hah, não, eles não se encontraram. Estão apenas tomando ciência da existência um do outro, mas encontrar mesmo, ainda não. Ainda precisam ter muita vivência até poderem de fato se encontrarem.

O Primeiro Senhor, de início, não entendeu ao certo as palavras do mais experiente. Contudo, mesmo sem achar uma explicação lógica, foi cuidar de continuar a observar as outras vidas na Terra.

Certo tempo depois, estava novamente aquele Primeiro Senhor observando, como uma "revisão", o desenrolar da vida dos humanos na Terra. Foi quando ele verificou que uma pessoa daquele casal que ele vira anteriormente estava infeliz. E por mais que ele tentasse fazer de tudo para que pudesse melhorar, para que pudesse ao menos acreditar que poderia viver daquele jeito e acostumar-se a tentar ser feliz, ele sabia, no fundo, que aquela situação não teria futuro. O Primeiro Senhor observou que a companhia desta pessoa não era aquela que ele havia visto antes. Ele percebera que o destino não estava sendo cumprido.

Curioso, o Primeiro Senhor procurou pela outra parte, a pessoa que cumpriria o destino desta primeira. E ele a encontrou, na mesma situação, exatamente como sua alma gêmea.

Nesse momento, o Ele lembrou-se das palavras do Senhor mais experiente: "Eles não se encontraram. Estão apenas tomando ciência da existência um do outro". Então, como uma luz em sua compreensão, o Primeiro Senhor entendeu o que o real significado da palavra "encontrar". O que estava confuso agora era o porquê do motivo dessas duas almas gêmeas terem se separado depois de se cruzarem por mais de uma vez.

Intrigado, foi questionar ao velho Senhor, que de forma metafórica lhe respondeu:

— Para que a borboleta possa enfim voar, é preciso que ela coma muito e depois se isole do mundo.

O jovem Senhor então deu um singelo sorriso. Observou, ao mesmo tempo, o estado de espírito dos dois seres humanos. Estavam exatamente iguais. Estavam igualmente tristes, obscuras, incompletas.

— E o que acontece quando já se está empanturrado e isolado e todo o mundo? — perguntou ao velho, que respondeu:

— A borboleta voa.

O Primeiro Senhor então soprou aos dois, fazendo com que ambos, ao mesmo tempo, se livrassem daquilo que os deixavam gordos e que os isolavam do mundo. Ele havia entendido que para se encontrarem de fato, precisariam estar prontos para tal.

Mas, apesar de ser um dos Senhores do Destino, não se pode ir contra o Livre Arbítrio. Sabendo desta regra, o Primeiro Senhor foi então ouvir uma das pessoas, para saber se de fato já havia comido e se isolado.

Ele então se aproximou dos desejos do garoto, ouvindo assim a definição de companheira perfeita, daquela que ele estava precisando naquele exato momento: "legal, inteligente, linda aos meus e aos olhos de todos, companheira, que saiba me tratar bem, que seja brincalhona e palhaça, guerreira, responsável... Mulher!".

Logo depois, ele ouviu os desejos da menina: "Que seja intenso, quente, meu cúmplice. Verdadeiro, saiba me respeitar pelo que sou e principalmente faça parte da minha vida, como se juntos fôssemos apenas um".

Já estava claro ao Primeiro Senhor que já era hora da borboleta poder voar.

TEXTO DE ARIEL SALGADO


XXXXX
ESTE LIVRO PARTICIPA DA PROMOÇÃO DE SETEMBRO

Quem nunca sonhou com um grande amor, com a pessoa ideal e perfeita? Luísa é uma jovem recém saída da adolescência e caloura da universidade de jornalismo, que apesar da pouca idade, é madura e sabe bem o que quer, porém, como toda mulher, ainda sonha com o príncipe encantado e que sua primeira vez será com a pessoa perfeita. O que ela não sabia era que esbarrar em Guilherme naquele shopping mudaria sua vida para sempre. Olhar em seus olhos foi como morder a maçã e descobrir o pecado original. E ele, será que se entregaria à atração que sentiu por aquela menina e mulher tão cheia de vida e decidida? Eles estavam em diferentes estágios de vida agora, ela estava começando e ele já estava no meio do caminho. Dezessete anos faz muita diferença? Luísa é um romance para as mulheres que sonham com o grande amor de sua vida. Tem sexo, orgulho, paixão, brigas, intrigas,conquistas e muito amor.

3 comentários:

renatocinema disse...

Estou adorando as leituras desse site.

É um prazer degustar palavras tão encantadoras.

Abraços

Lillo G. disse...

MUITO BOA ESSA METÁFORA DA BORBOLETA. REALMENTE NÓS APENAS NOS ENCONTRAMOS COM AS PESSOAS E DEMORAMOS A FICAR PREPARADAS PARA ELAS. PARABÉNS.
TEM UMA POSTAGEM NOVA NO BLOG. PASSA LÁ:
http://thebigdogtales.blogspot.com/2011/08/amor-perdido-amor-encontrado.html

LUCONI MARCIA MARIA disse...

Ariel Salgado faz uma analogia perfeita, sobre a evolução da alma, os caminhos que ela precisa percorrer a fim de conseguir uma transformação real em seu interior, para um dia nesta ou noutra vida dar valor ao verdadeiro amor,refletindo-se sobre o texto, percebemos a sutil e sábia mensagem, parabéns Ariel, excelente.
O romance Luisa me deixa bastante curiosa para saber o desenrolar da história, creio que todo ser humano acredita que um dia encontrará o tão precioso verdadeiro amor, e belas histórias sempre acende nova esperança, beijos Luconi

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