E
assim o jovem leitor estava tão compenetrado em sua leitura quando, de repente,
o percurso literário começou a ficar disforme. A leitura que estava tão
agradável à algumas páginas, de repente foi ficando incompreensível e
desgastante, fazendo o hábito de virar as páginas se tornar automático. As letras
se tornaram disformes e todo o rumo se transformou em um aglomerados de
"Blábláblá..." e de longe o texto inteiro ficou com cara de
"NONONONONONON". O texto ficou incompreensível e você
acaba
fazendo uma expressão decepcionada de frente para o livro.
Isso
não acontece somente na leitura não. Às vezes, também nos dispersamos em um assunto
chato que ouvimos. É claro que nós não somos nenhuma máquina para ficar incansavelmente
focados em um estudo ou leitura (recomendo uma pausa de dez minutos a cada uma
hora de leitura). O cérebro também precisa de uma pausa para poder
"digerir" o conteúdo de informações processadas. Mas não faça pausas
para ler outras coisas. Vá para a janela do apartamento ou então para o quintal
da casa. Admire uma paisagem, aquário, quadro, ou o que for para recuperar a
mente para outra jornada de leitura e/ou escrita. A mente é igual um
recipiente; precisa ser esvaziado para receber novo conteúdo e assim vai
sucessivamente.
Quando
você lê, passa a compreender melhor as palavras, linguagens e significados. Até
se dá ao luxo de captar o que o escritor tentou passar através de uma linguagem
mais rebuscada e isso chega a ser um prêmio interior, provocando um certo
contentamento. Outra coisa boa é quando começamos a compreender o que um
professor ou uma pessoa intelectual quer dizer. Isso são uma das demonstrações
do poder de compreensão que a leitura proporciona.
Leo Vieira é autor do livro
"Alecognição", pela Editora Lexia.
Escritor acadêmico em várias Academias e
Associações literárias; ator; professor; Comendador; Delegado Cultural em duas
cidades e Doutor em Teologia e Literatura.
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