É raro, mas é possível.
Normalmente não é utilizado por não ser fácil de se tirar algo proveitoso dessa narrativa, é difícil escrever referindo-se como um "você", e ainda ter sucesso!
Seria assim:
Você acorda abruptamente. O que acordou você? Esse barulho estranho - uma batida rítmica. Mas o que ele é? E, espere um instante! Onde você está? Esse não é o lugar onde você dormiu, não é o seu quarto! O que aconteceu enquanto você dormia?Na prática, há um acordo entre você e o leitor - o que é bom - seu leitor concorda em suspender a descrença (o seu mundo real) e permitir se imaginar naquela cena, testemunhando aquela ação que você descreveu, mas é um fingimento. Seu leitor está fingindo que aquilo é real e que realmente aconteceu.
O que ocorre é que em algum - ou vários - momentos, seu leitor pensará "não, eu não!" E isso quebrará o transe de leitura, a imersão ou simplesmente o sonho narrativo, que é essencial para manter seu leitor virando as páginas, continuando a leitura.
Você pode brincar com esse POV pra prática ou experiência (como autor) e eu recomendo que não o use em narrativas muito longas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja bem-vindo!
O sucesso deste blog depende de sua participação.
Comente!