Para
fazer uma boa construção de sua obra, seja ela acadêmica ou romancista, é
muito importante saber apresentar seu
conhecimento através das palavras adequadas. Cuidado para não usar um conteúdo
muito extenso ou rebuscado, tornando a leitura enfadonha e cansativa. A leitura
deve ser suave e prática, trazendo bom entendimento e compreensão para o
leitor.
Outro
detalhe da narrativa é o contexto e âmbito em que ela for apresentada. Se você
for escrever um livro técnico, tenha muito cuidado em não usar gírias ou
opiniões pessoais demais. Um livro técnico deve sempre se parecer com um livro
técnico. É um estudo com uma linguagem universal no idioma "livrês"
(isso, o livro fala um idioma próprio).
Existem
livros que não se tornaram o esperado simplesmente porque o autor não se
atentou aos pequenos e preciosos detalhes que fariam uma grande diferença.
Agora
na questão de apresentar um romance, eu aconselho com a comparação com a piada:
"não existe anedota ruim e sim a que foi mal contada".
Existem
centenas de milhares de piadas de papagaio, de português, de bêbado, etc. Todas
praticamente parecem sair da fôrma quando são publicadas ou contadas. Isso
porque o autor faz uma "releitura" do que aprendeu, contando da forma
mais atual possível.
Os
romances de ficção podem serem comparados à essas piadas, porque também são
ambientadas no mesmo aspecto, como romance de amor, de ficção, de terror, etc.
O autor decidirá a melhor forma de contá-la através de sua narrativa.
Se
uma história ficar focada demais em um personagem, como se fosse uma biografia,
o mais recomendável é a narrativa em primeira pessoa. O melhor em utilizar esse
meio é que o autor poderá investir mais na profundidade do personagem através
de sua narrativa, explorando as suas emoções enquanto conta tudo o que passou
durante a história.
Agora,
se a história for dinâmica demais, com enredos paralelos, o melhor é a
narrativa em terceira pessoa. Mas o autor precisa contar a história em uma
linguagem mais acadêmica, em estilo mais jornalístico. Quanto mais neutro ele
for, melhor. Nada de deixar escapar uma opinião pessoal. Lembre-se que é o
livro que conta a história. O autor é apenas um empregado nesses momentos,
tornando o leitor um cúmplice.
Apenas
em crônicas que é melhor para que o autor use todo o seu conteúdo pessoal,
abusando das comparações e linguagem. É claro que tudo isso é apenas uma
opinião pessoal, mas não deixe de manter a mente aberta para analisar e
comparar o que pode ser melhor para o seu estilo de narrativa.
Leo
Vieira é
escritor acadêmico em várias Academias e Associações literárias. Também é
colaborador em várias colunas em jornais, revistas e blogs.
É bacharel, mestre e doutor em Teologia
e doutor em Missiologia e Literatura.
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