Até
onde vai o limite de um escritor? Você poderia responder? Você poderia se
classificar?
Será que você poderia se definir até onde pode ir na escrita? Se você ainda
está pensando, desista! Um escritor não pode se reter no processo criativo.
Escrever
é uma aventura cansativa, porém gratificante. É um momento em que você define
um mundo ainda bruto e desconhecido, onde através de suas palavras e criatividade,
irá dar forma e transformar o enredo, com beleza e graça. A suavidade e
sabedoria na escolha do momento certo de usar as palavras farão que você se torne
um bom guia de mais uma esplendorosa experiência literária, seja ela um texto
curto ou um romance.
O
experimento é o primeiro passo para a construção do enredo e argumento. A
partir daí, você passará a tecer o caminho da aventura. Você precisa sentir a
obra que irá apresentar.
E o
processo criativo para uma música? Será que você se sente capaz para compor?
Não
titubeie na resposta! Todo escritor compõe. A música está por toda a parte e tudo
é um processo criativo que precisa ser desenvolvido através do treino e da prática.
As
músicas, assim como qualquer outro texto precisam de motivo e conteúdo para existirem.
Não crie música somente pela rima, ou a mesma poderá ter vida vaga e curta.
É
preciso saber algum instrumento musical para compor? Se souber, melhor. Um
violão ou piano ajudam bastante. Se souber cifrar (desenhar notas musicais
junto à letra), melhor ainda. Mas isso se desenvolve com o tempo e interesse.
Prepare
o gravador (do celular ou do PC), o papel, lápis, borracha, o violão (se
preferir)
e mãos à obra!
MELODIA:
Se
não quiser fazer com nenhum instrumento (o que eu particularmente, até acho
mais prático), se concentre nas notas musicais. Escreva os sons no papel e
toque com o lápis, fazendo a leitura das notas. Não tenha pressa. A melodia irá
começar a nascer disformemente. Daí você vai observando até que o som vai começar
a ficar mais "digerível". O trecho que você mais gostar, selecione e
grave. A partir dele, você poderá desenvolver o refrão. E nele você esticará a
introdução, a harmonia, o ritmo, o andamento, o refrão e o desfecho.
Com
a melodia pré-definida, você já tem uma base para inserir a letra.
LETRA:
A
composição geralmente é um conto ou crônica. Nem sempre é um poema, porque ele
não pode ser muito limado nas estrofes. Compor uma letra musical é o momento de
por melodia em uma história com conteúdo e rimas.
Geralmente
terá duas estrofes, cada uma com quatro versos (linhas). A primeira estrofe é a
introdução, com uma boa apresentação da história. A segunda é um gancho para
conduzir a melodia para o refrão, que também pode ser uma estrofe com quatro linhas
ou até mesmo três, com a última com um verso mais longo (sugestão).
O
refrão é muito importante porque é o momento em que a energia musical será mais
potente. É o momento do ápice da apresentação. Também é com a melodia do refrão
que se esboça a introdução musical e até mesmo se escolhe os instrumentos mais compatíveis.
Depois, é só fazer a segunda parte da letra (que geralmente tem o mesmo
refrão).
E
não é só isso. Revise, treine, cante, reescreva, grave e ouça o resultado.
Depois é só levar a melodia cifrada (se não souber, encomende o serviço a um
profissional) para registro. Grave em estúdio também (com banda), se preferir.
Já
imaginou compor uma música para cada livro? Ou quem sabe para cada capítulo
e/ou personagem? O que acha de lançar o CD oficial do livro?
Tudo
é válido para uma mente criativa bem desenvolvida. O processo para
aprimoramento é o mesmo de um romancista: muita leitura, pesquisa, treino e
amor pela arte.
Leo Vieira
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