terça-feira, 13 de novembro de 2012

Abissal - Esqueça-se, Adrian

Mais um trecho de Abissal, estou amando entrar nesta fase da história. Adrian revela-se um ser de pouco ou nenhum escrúpulo. Mas porque adiantar, não é mesmo? Curtam esse pequeno trecho, que explora parte da psique deste personagem.



Vários monitores permitiam a Adrian, acompanhar tudo o que se passava dentro do complexo. Meticuloso, mantinha tudo sob controle. Para completar, suas crianças, seus robôs, se incumbiam de manter a ordem. Atrás de sua poltrona estava Winnie, ainda desacordada. Precisava levá-la ao laboratório e submetê-la ao procedimento de transformação. Logo, todos seriam como ele e assim, não precisaria se moldar ao mundo, teria um mundo só seu. Ninguém mais se preocuparia com beleza ou forma harmoniosa, ele resolveria todos estes problemas. Agora, precisava entender o que estavam fazendo, seus hóspedes.

_ Que será que querem fazer, pensam que podem fugir ao meu controle? Tolos! Vou pegar primeiro este fortinho, que está acabando com minhas portas. Para ele, vou mandar três robôs, deve ser mais que suficiente, verá o que é bom. Como estou com um na oficina, me restaram ainda, três, mandarei dois ao encontro deste tal de Iandro e com um subjugo as duas que ficaram cuidando do doente. Vão, crianças, anulem estes rebeldes.

Em minutos os robôs alcançam o primeiro grupo. O objetivo é fazer uso do fator surpresa. E conseguem, mas logo surge um outro robô e o caus volta a se instalar. Adrian leva uma fração de tempo, para entender o que está acontecendo. Suas atenções acabam ficando divididas, entre um dos prisioneiros dá uma grande demonstração de força e destrói as pernas dos robôs e depois amaça-lhes as cabeças. Atordoado, Adrian, vê um quarto robô, embora semelhante, não entende de onde poderia ter vindo. Então cai o último ser cibernético, antes que pudesse lhe passar o comando.

Em outro monitor, seus robôs, como que possuindo asas, voam, descrevendo parábolas, dentro do apertado corredor. Depois começam a se chocarem, um contra o outro, logo não passam de um amontoado de metal retorcido. Por fim, algo os arrasta para o centro do corredor e junta todos os pedaços, formando uma grande bola de metal. Em seguida, são jogados contra as portas fechadas.

Então o derradeiro golpe de misericórdia é desferido, surge mais uma pessoa, alguém que não fazia parte do grupo. Antes que o robô chegasse até a sala em que estavam as mulheres e os enfermos, simplesmente ele é levantado do piso e desmontado em pleno ar. As peças são depositadas organizadamente, pelo corredor. A pessoa olha para a câmera e aponta para ele, chocando-o ainda mais, deixando uma pergunta entalada em sua garganta, “como poderiam”. Ao olhar para trás, procurando por sua irmã, a poltrona em que estava, ficara vazia. No monitor, surge a imagem da pessoa, segurando sua irmã no colo. Desesperado, sai correndo da sala e dá de frente com quatro pessoas.


Texto e criação do autor J.C.Hesse, ao utilizar este texto, por favor, não se esqueça de mencionar a autoria.

3 comentários:

Anônimo disse...

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Não sei se é porque acabei de assistir o filme Metrópole mas esta sua narrativa me lembra aquelas antigas séries de ficção. Eu adorava!

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